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Um caso de fraude tão impactante quanto um escândalo de corrupção e a importância do Compliance

Há poucas semanas foi divulgada a notícia do pedido de falência da então gigante alemã WIRECARD, em razão da descoberta de uma fraude em seus livros contábeis, “desaparecendo” 1,9 bilhão de euros (US$ 2,1 bilhões) de seu resultado, o que inclusive levou à prisão de seu ex-CEO, Markus Braun.

Como resultado imediato, houve a desvalorização de suas ações na bolsa da Alemanha em 98%! De 104 euros, passaram a custar 1,28 euro.

Os processos contra a empresa apenas começaram e a previsão de especialistas é que suas finanças foram tão afetadas com a fraude perpetrada que não será possível a companhia se reerguer, já que, com a falsificação de suas vendas, ela não consegue mais pagar suas dívidas.

O prejuízo imediato abrange não só os acionistas e credores da empresa, mas também a reputação da própria Alemanha, com relação à regulamentação do setor no país, irradiando efeitos para o mundo todo, em razão do enorme porte da Wirecard, por exemplo, no Reino Unido, fintechs foram forçadas a suspender suas atividades, pois dependiam dos serviços da Wirecard, o que afetou sobremaneira os seus respectivos clientes, gerando inúmeras reclamações nas redes sociais, porque não estavam conseguindo acessar o próprio dinheiro.

História que se repete: os Estados Unidos também foram palco de semelhante escândalo em 2001 no caso Enron, com grave reflexo no setor de investimentos do país e o temor de fuga de capital ante a aparente insegurança no mercado financeiro, sendo que, para respaldar os investidores e evitar que tais riscos se concretizassem, foi promulgada a lei Sarbanes-Oxley, apelidada de SOX, a qual passou a exigir um programa de COMPLIANCE voltado para o mercado financeiro, criando mecanismos de auditoria e segurança confiáveis nas empresas com capital aberto na bolsa de valores, no intuito de evitar a ocorrência de fraudes ou pelo menos assegurar meios para identificá-las tempestivamente, garantindo transparência na gestão das empresas.

A semelhança entre os escândalos WIRECARD e ENRON reside exatamente na fraude dos registros contábeis da empresa. Foi apurado que a Enron estava omitindo grande parte de suas dívidas, inflando artificialmente os seus lucros. Essa empresa empregava cerca de 21 mil pessoas, as quais se viram repentinamente “na rua” e sem previsão de pagamento dos seus direitos.

Ambos os escândalos são exemplos de como uma fraude corporativa, sem envolver dinheiro público, pode impactar milhares de pessoas e a economia de um país, dependendo do porte da empresa. Com razão, os programas de Compliance estão passando a ser exigidos cada vez mais, sendo uma realidade já há muitos anos nos Estados Unidos e com um movimento mais incipiente nas empresas brasileiras. Em geral, as multinacionais que atuam no Brasil já possuem programa de Compliance há algum tempo, tanto por exigência de parceiros estrangeiros, como também para fortalecer e resguardar a própria atividade.

Da micro à grande empresa, adequado à realidade de cada uma, o Compliance já se mostra como uma ferramenta essencial ao crescimento sustentável do negócio e como uma forma de uma empresa se diferenciar no mercado.

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Um caso de fraude tão impactante quanto um escândalo de corrupção e a importância do Compliance

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